segunda-feira, 19 de junho de 2017

Sou tão
Transparente
Que tu enxergas
Através de mim
E não me percebe
Sangrando


Daqui a pouco
A lua em touro
E eu já farejo
Seu cheiro
De cravo e canela
Já degusto
O sabor
Da sua boca
Já sinto
Suas mãos
Em meu corpo
Transpiro
Inspiro
Profundamente
Mas a sede
É pelo vinho
Seco
Que saí do seu
Sexo
Meu coração acelera
Dói
Como estômago vazio
Não tem jeito
Pois tenho fome
E você é
Meu prato
Principal


(Ao som do blues ou do jazz
Ou só minha voz mesmo)

#luaemtouro
#vênusemtouro

domingo, 18 de junho de 2017

Domingo
É ressaca
De Jurubeba
É mensagem
Não lida
Foda mal dada
Calcinha enfiada
Domingo
É desnecessário
Mas preciso

sábado, 17 de junho de 2017

deja vu



Cada
Estocada
Na
Minha
Boceta
Eram
Todas
No
Meu
Coração
Hoje vi um nome
Tão lindo
Que parecia poesia
"Fulano del Mar"
Não sei se é mesmo
De batismo
Alcunha
Ou de poeta
Mas é tão bonito
Ter o mar no nome
Marina
Mariana
Marília
Tem nome d'água
É ser poesia
Eu tenho nome de árvore
Não sou lá essas coisas

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Tem tanta
Coisa
Pulsando
No meu
Coração
Que eu
Não
Consigo
Dizer
Nem
Escrever
Preciso
De outras
Drogas
Novos
Corpos
Que suportem
Esse
Maremoto
Que
Mora
No meu peito
Poetiso
Meus desejos
Minhas vontades
A velha fome
Camuflada
Em angústias
Que brotam
Em meio peito
Líquido
Não há poesia
Nas violências
Que sofro
Cotidianamente
Elas me secam
Não crescem
Flores
Na minha margem
Essa é a dureza
De ser rio
Nesse mundo
Deserto


Me apaixono
Mesmo!
Fico de quatro
De lado
Até dou
Vexame
Acho um tédio
Viver sem paixão
É como um
Vício
Um vírus
Não quero ser
Nem estar
Imune
E lá vou eu, denovo
Porque sempre
Me fodo
Mas também
Sempre
Gozo
No final

terça-feira, 13 de junho de 2017



Eu entro com a pedra
Você com a cabeça

Eu entro com o pau
Você com a boceta

Eu entro com a sede
Você com a cerveja

Eu entro com o fogo
Você com a fogueira

Eu entro sem medida
Você entra inteira

Eu entro com o corpo
Você com a caneta

Inspiração
Lembra?
Das vozes
Ofegantes
Das fotos
Insinuantes
A promessa
Do beijo
Do gozo
Eu lembro
Vivo de lembranças
E depois escrevo

segunda-feira, 12 de junho de 2017

domingo, 11 de junho de 2017

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Me
Desejar
É
Fácil
Quero
Ver
Me ter!
Paixões que duram
Uma gozada
Amizades que duram
Quase nada
Acho 
Que devo ser
Ruim de cama
Ou
Em fazer drama
Minha vida
É um boteco
Sem freguesia
Passou o ponto
No final
Nada deu certo
Nem sei se
Um dia dará
Escolhas erradas
Mudança de planos
Apostas lançadas
Só jogo de azar
Quando acho que pode
Não deu
Quando acho que foi
Já era tarde
Tempo acabando
Cansaço
O corpo não é
Mais o mesmo
E quem me segura é orixá
Não tem mais nada
Nem tesão
Nem paixão
Amizade
Família
A poesia feita na marra
Embriagada
Quase um pedido
De socorro
Aliás
Vivo pedindo desculpa
Pode querer demais
Por ventar demais
E por essa fome
No meu peito
Que não passa
Eu já não peço mais nada
Foda-se

domingo, 4 de junho de 2017



Então
Você se cansa
De atravessar temporais
Se enjoa
De contemplar
A ressaca
Dos meus olhos
Seu coração
Quer calmaria
Em mim só achou
Tempestade
Agora procura
Um porto seguro
Outro cais
Segue navegando
Sem dizer adeus
Sem olhar pra trás
Desculpe
Precisar de tanto
E você, tão pouco


De todos
Que passaram
Pelo meu
Corpo
Só tu deixou
Em minha
Boca
O gosto
Agridoce
De saudade


Sofro de domingos

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...