segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Me
Apaixonei
Pelo
Passarinho

Pelo
Prazer
De
Vê-lo
Voar
Canta
Tão
Bonito
Mas
Voa
Pra
Tão
Longe
Que
O
Coração
Aperta
O
Olho
Encolhe

Vontade
De
Chorar
"Voa meu sabiá
Canta meu sabiá
Adeus meu sabiá
Até um dia"
A memória do rio
Se hoje sou mar
É porquê
Passei por cidades
Pessoas
Lugares
Fui chuva
Depois riacho
Carreguei troncos
E folhas pelo caminho
Se hoje sou mar
É porquê inundei
Vilarejos
Molhei alguns
Corpos
Matei a sede
E o calor
Rompi barreiras
Fiz da minh'alma
Cachoeira
Me entreguei
Deixei cair
Pra depois levantar
Se hoje sou mar
Se sou infinita
É porque aprendi
A nadar

terça-feira, 25 de outubro de 2016

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Eu só queria
Me perder
Em você
Até
Me
Achar
Toda
Poesia
De
Amor
É clichêEu só queria
Me perder
Em você
Até
Me
Achar
Toda
Poesia
De
Amor
É clichê
Indignação
Você
Não
Vêm
Quando
Estou
Acesa
Chama
Intensa
Corpo
Em
Ardência
Você
Não
Aparece
Quando
Minha
Boceta
Lateja
Quando
Minha
Boca
Saliva
Minha
Ânsia
Tanta
Intensa
Não tem jeito
Solução
Você
Me
Quer
Morna
Preguiçosa
Ah, não!
Aparece
Então
Nas
Minhas
Mãos
Se
Transforma
Em
Meus
Dedos
Desliza
Em
Meu
Sexo
Vêm!
Mata
Minha
Fome
Meu
Desejo

domingo, 23 de outubro de 2016

Cheira
Meu
Corpo
Que
Nem
Carreira
De
Afoito
Mais um ano se passando
E parece que a roda não girou
Nem por um segundo
Há um ano atrás eu sentia tudo
O que sinto nesse momento:
Aflição
Angústia
Coração partido

Sou um rio represado
Querendo desaguar
Desejando o mar
E sua infinitude


sábado, 22 de outubro de 2016

Não cabe
Amor
Entre
Meus seios
Não cabe 
Na minha boca
Nem em
Meus pensamentos
Não cabe
Amor
Em minha cama
Nos meus
Braços
Não cabe
Mais
Amor
No meu peito
Não cabe
Transborda

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Perigo
É
Exigir
Intensidade
Da
Mesma
Forma
Que
Me
Entrego
Como
Conter
O
Vento?
Como
Barrar
A
Água?
Não temo
Meus
Vendavais
Temporais
Quem ta na chuva
É pra se molhar

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quando a vi de longe dançando.
O corpo movendo ao som do tambor.
Meu coração disparado se confundiu com o agogô.
Aquela boca vermelha e o olhar delineado.
Veio sorrindo em minha direção.
Me fez lembrar da última noite.
Em que transamos e já fiquei com tesão.
Me cumprimentou sem graça.
Olhando em outra direção.
Eu meio ansioso.
Só queria um aceno.
Um sim, talvez, ou não.
Entre lábios.
Disse que estava apaixonada.
E mesmo que ele fosse um babaca.
Era dele que gostava.
Que podia trepar comigo.
Mas não hoje.
Porque, por causa dele tava arrasada.
Ele tá aqui? Perguntei.
Ela olhou pra trás e disse: quem sabe?
Pode ser aquele brother que tava do seu lado.
Gargalhou, zombando da minha cara.
Vou embora, ela disse, não posso mais ficar.
Tenho que matar essa paixão.
Antes que ela me mate.
Me abraçou roçando seu corpo.
Disse baixinho que ia me ligar.
Deu meia volta e saiu rebolando.
Desfilando que nem porta
bandeira.
Parou na frente de um cara
Deu um beijo no rosto dele e foi embora.
Enxugando as lágrimas.
Maldito filho da puta!
Agora sei qual é sua cara!
Quando
No fim da tarde
O céu pretejou
Eu sabia
Lá vêm ela
De repente
O vento
Ficou mais quente
Mais forte
E a chuva caiu
Como estiletes
Sobre minha pele
Eu não fugi
Paralisada
Deixei
Que ela me dominasse
Meu corpo
Sangue
E assim entendi
Que perteço
A chuva
Ao vento
Fulgaz
Não sou ficar
Não sou calmaria
Arraso
Lavo
Ardo
Não deixo nada
No lugar

Eu sou tempestade

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Cansei de perguntas
De buscar respostas
Minha mente é um
Campo minado de dor
Remoendo pensamentos
Dilacerando ressentimentos
Não sinto mais
As batidas do meu coração
Que espanca meu peito
Que berra pedindo silêncio

Pare de pensar, Ornella
Pare de buscar
Respostas
Simplismente, sinta
Me enxergue
Me ouça
Olhe nos olhos
E diga
Sem pensar
Sem exitar
Ouça
Diga
Sinta
Sem exitar

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Você que acredita
Que pode viver
Sem querer
Num abraço
Conforto
Que aceita acordar
Sem um beijo
No rosto
Você que acha
Que consegue
Se dissipar no vento
Sem deixar
Seu cheiro
Seu gosto
Seu corpo

Você
É você mesmo

domingo, 2 de outubro de 2016

Talvez você tenha reparado meu silêncio. Ou não. Talvez isso não importe.
Precisei digerir o momento em que percebi que não gozamos. Pra mim não houve gozo do corpo. E eu queria o orgasmo! As pernas contorcidas de desejo..
Fiquei na expectativa.
Confesso que essa sua boca, além de dizer coisas bonitas. Bem colocadas. Satisfez um pouco minha vontade. Mas foi pouco.
Eu queria entrega total. Queria suor. Respiração ofegante. Queria desfalecimento!
Você falava e eu só pensava no seu pau na minha boca. Aliás, eu só pensava nisso desde que te vi entrando e pedindo desculpa pelo atraso.
Talvez seja minha culpa. A fome que sinto não me faz raciocinar. Me perco e demoro a voltar.
Acho que você queria conhecer a poetisa. Ouvir sobre como me inspiro. Porque escrevo. Curioso, somente.
Eu queria a Paixão de uma noite. Pra no dia seguinte, escreve sobre o gosto da sua porra na minha boca.

Essa sou eu. Assim que escrevo. Movida por sentidos e não por imaginação ou devaneios.
Eu só aceito o palpável.
Eu só suporto o insuportável!

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...