segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

domingo, 4 de dezembro de 2016

Defeito de cor
A não esqueceu a branca
B casou com a branca
C escolheu a branca
D engravidou a branca
E prefere a branca
F só pensa na branca
G se apaixonou pela branca
H
I ...
No alfabeto do meu coração só desilusão 

sábado, 3 de dezembro de 2016

Só minha 
Boceta poética 
Pra aliviar 
A tensão da alma
Se me faz um convite
A gente bebe
Até na praça
Sem limite
Dando um tiro
Fazendo fumaça
Enchendo a cara
Sarrando na rua
Tesão aliciante
Terminando na sua casa

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016



você lembra
eu sei
não foi em vão
cada suspiro
minha transpiração
eu sei
não foi em vão
me jogar
na sua cama
cair no abismo
da paixão
pena que nada
dura
pra sempre
que o encanto acaba
como num orgasmo
em segundos
vou do céu
ao inferno
do altar
ao abandono
mas
eu vou me apaixonar
de novo
vou gozar
de novo
e vou me arrebentar
de novo
porque é só
o que sei
sentir

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Nada
Parece
Bastante
Tudo
Não
É
Suficiente
Tem
Uma
Fome
Uma sede
No meu
Corpo
Que não
Cessa
Tem
Uma
Ânsia
Que não
Passa
Eu tento
Juro
Tento
Conter
Mas continuo
Sendo
Vento

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

É tão ruim
Quando acaba
Ainda mais
Quando não
Acabou
Dentro da gente
Fica um resto
De esperança
Fica a lembrança
Do gosto
Do cheiro
Difícil esquecer
Se foi bom
Se foi intenso
E a gente abafa
A voz que ecoa
Dentro do peito
Limpa as marcas
No coração
E tenta seguir
Sem olhar pra trás...
Curtir
Co
Tem poeta
Que se inspira
Num dia de sol
Na atual conjuntura
Política social
Numa pedra
Numa folha
Eu não
Minha poesia vêm coração
Sangrando
Batendo
Acelerado
Tudo que escrevo é vivo
Intenso
Nada é abstrato
Ornella, 
Quando se aproxima
Já provoca
No céu da boca
O sabor de temporais

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Eu gosto de ouvir
Aquela música do Hooker
E lembrar da nossa última foda
De me excitar
Vendo você cheirando coca
Da sua boca
Seu cheiro
Gosto de pensar
Que existiu magia
E que não foi fantasia
Cada sorriso que você dava
Quando você suspirava
Era por mim
Gosto de olhar
As poesias que rascunhei
Em seu corpo
Que só eu leio
Só eu entendo
Mesmo que você não sinta
Que você não enxergue
Não importa mais
Agora
Se tudo o que sinto
Vira poesia
Se toda paixão
Virou agonia
Nada mais importa
Nada

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Eu quero paixão

Sabe aquele negócio
Que dá e passa?
É isso!

Não quero nada
Frio, sem graça

Eu gosto de queimar a língua
Sou masoquista confessa
Não sou namastê
Paz e amor
Deboista

Curto uma treta
Uns tapas na cara
Sou dessas que dá dor de cabeça
De rodopiar na sala
Mas valho a pena

Se vier morno, eu esfrio
Rapidinho

Na rua
No chão
No carro

Topo tudo

Mas se tiver paixão
Se tiver
Olhar de fogo
De mar

Se me chamar de santa a puta, então
Me arrepio!
Odeio silêncios
Desculpas

Minha intensidade
Pra poucos
Quem aguenta?
Nem eu!

Por isso
Eu quero paixão

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Amanhã
Não
Sei
Mas
Hoje
Eu
Digo
Não
Não
Pra você
Não
Pra mim
Não
Pra tudo
Que
Não
For
Intenso
Imenso
Não
Pro
Raso
Gasto
O
Que
Não der
Não caber
Digo não
Sem

Sem
Doer
E quem
Sabe
Amanhã
Eu
Diga
Sim
Dizem
Que minha poesia
Não tem nada
De política
É só putaria
Sacanagem
Mas me digam
Tem algo mais
Revolucionário
Do que uma mulher
Macumbeira
Preta
Gorda
Demonstrar
Publicamente
Sua sexualidade?
Eu
Queria
Não
Ventar
Queria
Seu
Corpo
Abraçar
O
Mar
Queria
Nao
Ventar
Mas
Meu
Desejo
Inconsciente
Inconsequente

Pensa
Em
Te
Querer

Sonha
Em
Te
Amar

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Me
Apaixonei
Pelo
Passarinho

Pelo
Prazer
De
Vê-lo
Voar
Canta
Tão
Bonito
Mas
Voa
Pra
Tão
Longe
Que
O
Coração
Aperta
O
Olho
Encolhe

Vontade
De
Chorar
"Voa meu sabiá
Canta meu sabiá
Adeus meu sabiá
Até um dia"
A memória do rio
Se hoje sou mar
É porquê
Passei por cidades
Pessoas
Lugares
Fui chuva
Depois riacho
Carreguei troncos
E folhas pelo caminho
Se hoje sou mar
É porquê inundei
Vilarejos
Molhei alguns
Corpos
Matei a sede
E o calor
Rompi barreiras
Fiz da minh'alma
Cachoeira
Me entreguei
Deixei cair
Pra depois levantar
Se hoje sou mar
Se sou infinita
É porque aprendi
A nadar

terça-feira, 25 de outubro de 2016

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Eu só queria
Me perder
Em você
Até
Me
Achar
Toda
Poesia
De
Amor
É clichêEu só queria
Me perder
Em você
Até
Me
Achar
Toda
Poesia
De
Amor
É clichê
Indignação
Você
Não
Vêm
Quando
Estou
Acesa
Chama
Intensa
Corpo
Em
Ardência
Você
Não
Aparece
Quando
Minha
Boceta
Lateja
Quando
Minha
Boca
Saliva
Minha
Ânsia
Tanta
Intensa
Não tem jeito
Solução
Você
Me
Quer
Morna
Preguiçosa
Ah, não!
Aparece
Então
Nas
Minhas
Mãos
Se
Transforma
Em
Meus
Dedos
Desliza
Em
Meu
Sexo
Vêm!
Mata
Minha
Fome
Meu
Desejo

domingo, 23 de outubro de 2016

Cheira
Meu
Corpo
Que
Nem
Carreira
De
Afoito
Mais um ano se passando
E parece que a roda não girou
Nem por um segundo
Há um ano atrás eu sentia tudo
O que sinto nesse momento:
Aflição
Angústia
Coração partido

Sou um rio represado
Querendo desaguar
Desejando o mar
E sua infinitude


sábado, 22 de outubro de 2016

Não cabe
Amor
Entre
Meus seios
Não cabe 
Na minha boca
Nem em
Meus pensamentos
Não cabe
Amor
Em minha cama
Nos meus
Braços
Não cabe
Mais
Amor
No meu peito
Não cabe
Transborda

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Perigo
É
Exigir
Intensidade
Da
Mesma
Forma
Que
Me
Entrego
Como
Conter
O
Vento?
Como
Barrar
A
Água?
Não temo
Meus
Vendavais
Temporais
Quem ta na chuva
É pra se molhar

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Quando a vi de longe dançando.
O corpo movendo ao som do tambor.
Meu coração disparado se confundiu com o agogô.
Aquela boca vermelha e o olhar delineado.
Veio sorrindo em minha direção.
Me fez lembrar da última noite.
Em que transamos e já fiquei com tesão.
Me cumprimentou sem graça.
Olhando em outra direção.
Eu meio ansioso.
Só queria um aceno.
Um sim, talvez, ou não.
Entre lábios.
Disse que estava apaixonada.
E mesmo que ele fosse um babaca.
Era dele que gostava.
Que podia trepar comigo.
Mas não hoje.
Porque, por causa dele tava arrasada.
Ele tá aqui? Perguntei.
Ela olhou pra trás e disse: quem sabe?
Pode ser aquele brother que tava do seu lado.
Gargalhou, zombando da minha cara.
Vou embora, ela disse, não posso mais ficar.
Tenho que matar essa paixão.
Antes que ela me mate.
Me abraçou roçando seu corpo.
Disse baixinho que ia me ligar.
Deu meia volta e saiu rebolando.
Desfilando que nem porta
bandeira.
Parou na frente de um cara
Deu um beijo no rosto dele e foi embora.
Enxugando as lágrimas.
Maldito filho da puta!
Agora sei qual é sua cara!
Quando
No fim da tarde
O céu pretejou
Eu sabia
Lá vêm ela
De repente
O vento
Ficou mais quente
Mais forte
E a chuva caiu
Como estiletes
Sobre minha pele
Eu não fugi
Paralisada
Deixei
Que ela me dominasse
Meu corpo
Sangue
E assim entendi
Que perteço
A chuva
Ao vento
Fulgaz
Não sou ficar
Não sou calmaria
Arraso
Lavo
Ardo
Não deixo nada
No lugar

Eu sou tempestade

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Cansei de perguntas
De buscar respostas
Minha mente é um
Campo minado de dor
Remoendo pensamentos
Dilacerando ressentimentos
Não sinto mais
As batidas do meu coração
Que espanca meu peito
Que berra pedindo silêncio

Pare de pensar, Ornella
Pare de buscar
Respostas
Simplismente, sinta
Me enxergue
Me ouça
Olhe nos olhos
E diga
Sem pensar
Sem exitar
Ouça
Diga
Sinta
Sem exitar

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Você que acredita
Que pode viver
Sem querer
Num abraço
Conforto
Que aceita acordar
Sem um beijo
No rosto
Você que acha
Que consegue
Se dissipar no vento
Sem deixar
Seu cheiro
Seu gosto
Seu corpo

Você
É você mesmo

domingo, 2 de outubro de 2016

Talvez você tenha reparado meu silêncio. Ou não. Talvez isso não importe.
Precisei digerir o momento em que percebi que não gozamos. Pra mim não houve gozo do corpo. E eu queria o orgasmo! As pernas contorcidas de desejo..
Fiquei na expectativa.
Confesso que essa sua boca, além de dizer coisas bonitas. Bem colocadas. Satisfez um pouco minha vontade. Mas foi pouco.
Eu queria entrega total. Queria suor. Respiração ofegante. Queria desfalecimento!
Você falava e eu só pensava no seu pau na minha boca. Aliás, eu só pensava nisso desde que te vi entrando e pedindo desculpa pelo atraso.
Talvez seja minha culpa. A fome que sinto não me faz raciocinar. Me perco e demoro a voltar.
Acho que você queria conhecer a poetisa. Ouvir sobre como me inspiro. Porque escrevo. Curioso, somente.
Eu queria a Paixão de uma noite. Pra no dia seguinte, escreve sobre o gosto da sua porra na minha boca.

Essa sou eu. Assim que escrevo. Movida por sentidos e não por imaginação ou devaneios.
Eu só aceito o palpável.
Eu só suporto o insuportável!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Mais um dia
A flor da pele
Suspirando
Transpirando
Desejos
Que não contenho
Sinto
Vivo
Transbordo
Sou rio desaguando
Aceito meu destino!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Pode vir
Não me importa
Quem te beija
Quem te chupa
Lambe
Morde
Agora
Eu não ligo
Na verdade
Me excito
Você é bom
Demais
Pra ficar só comigo
Quero dividir
Seus lábios
Com o mundo
E que todos saibam
Quão doce
Eles são
Quão quente
Estão
Pode vir
Pode ir
Não complico
Na verdade
Eu só quero
Estar
Ficar
Permanecer
Contigo
E me deixar
Livre

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Ela buscava
Uma forma
De sobreviver
Num mundo
Que não lhe cabia

Se cortou
Se moldou

E mesmo assim
Não havia espaço
Pra tanta imensidão

Então
Ela renasceu
Se transformou
Em rio

Seu corpo
Alma
Agora segue
Como água
Corrente
Desaguando

domingo, 21 de agosto de 2016

Eu sinto a chuva, o vento
Enquanto caminho sem pressa
A água fria, a ventania não me metem medo
São tantos pensamentos nessa mente geminiana, que por alguns minutos
Me permito sentir
Agradeço por toda essa bênção que me inunda e devasta, a qual pertenço!
Reparo nesse céu cinzento, que tem a cor dos seus olhos e não é clichê, é fato
E mesmo que não tenha mais seus cabelos
Cada folha que voa, longe..  me dá vontade de segurar entre os dedos
Deixar ir, como eu fazia em ti
E o vento carrega o aroma do buquê de rosas que levo nos braços
Com o alecrim e o manjericão na sacola
E de repente tudo é poesia de novo
Tudo é lembrança e saudade
Tudo é fome
E a vontade de me diluir nessa chuva
De sumir no vento
Chegar até aí
Levando a pele com cheiro de cravo e canela
O gosto de alecrim e manjericão na boca
Meu nome é fome, o seu é alimento
Juntos ou distantes, não importa
Você mora aqui, no meu verso...

(o que não salvei no rascunho)

     
                                   
Enquanto vênus
Segue em exílio
E a água é o que nos
Trás alento
Tem canto
Que traduz
Todo sentimento

https://m.youtube.com/watch?v=1RwZaPTIKHI

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Pra
Quem
Vive
D'água
Sede
Fome
É uma
Quase morte
Então
Não
Me
Negue
Seu
Corpo
Preciso
Dele
Pra
Sobre
Viver
Escrevo
Poesia
Como
Uma
Conversa
Que
Não
Tive
Uma
Vontade
Reprimida
Palavras
Que
Não
Se
Foram
No vento
Mas
Que
Me
Transbordam
Perdidas
Entre
Gemidos
E despedidas

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

"Mas você tem cara que fode bem"

Fodo mesmo!
Fodo
Na vida
Com
Corpo
Mente
Fodo
Por
Todos
Os poros
Fodo
E de tão fodida
Me fodo
Inteira
Sem medida

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Minha poesia
Não é pra
Declamar em sarau
Publicar livros
Ganhar prêmios
Escrevo
Porque não suporto
As palavras
Que gritam
Aqui dentro
Desesperadas
Explodem
No papel
Na tela
No chão
No corpo
Minha poesia
É gozo!

domingo, 24 de julho de 2016

Depois de uma semana
Sem beber nada de álcool
Sem transar, sair, nem drogas
Sinto meu corpo em rehab
Os desejos explodem como fogos de artifício
E não consigo mais controlar
Foi só uma semana
Pra fechar algumas feridas
Louvar a deusa em sua plenitude
Mas meu coração sentiu a eternidade
De não ter seu corpo
Sentir seu gosto
Provar e tragar todo esse torpor
De paixão e desejo
Que invade quando te vejo
Uma pena que tudo seja finito
Que a paixão tenha prazo de validade
Queria ver denovo a chama acesa
Nos seus olhos enquanto me beijava
Louco, sedento
Que pena, pois minha fome não acaba
Só aumenta
E essa distância me consome a cada dia
Uma semana sem álcool
Um mês sem seu corpo
Uma eternidade de desejo
É tudo que me consome
Eu queria não sentir
Queria não me consumir
Mas não consigo evitar
Desculpe se náufrago e te levo junto
Sou feita de água e vento
Só sei ser tempestade..

Cartas que não enviei

sábado, 16 de julho de 2016

Um ser água
Não sabe lidar
Com pedra
Dureza
Que machuca
Quando lançada
Contra ela
Mas o ar
Esse sim
Danado
Faz a água
Dançar
Vira vento
Vira brisa
Nos carrega
Sou melhor
Quando sou tempestade

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Não dá
Pra esperar
Até semana
Que vêm
Até a próxima
Oportunidade
Até mudar a lua
Não dá
Não pra aguentar
Seu desleixo
Sua má vontade
Desprezo
Meu coração
É uma música
Do Belquior
Ouvida no repet
Ele tem pressa
De viver
Se você não
Tem
Se você não
Quer
Comigo
Desculpe

Adeus!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

domingo, 10 de julho de 2016

Já partiram
Meu coração
Mal dizem
Riram
Debocharam
Da minha dor
Solidão
Me cortei
Desfiz
Colei
Meu pedaços
Fiz a cabeça
Deitei pra orixá
Mandinga
Ebó
Mas não
Adianta
Tem dor
Que
Não
Passa

Os
Dias
As
Pessoas
Tempo
Tudo passa
E eu continuo aqui
Curando
Minhas
Curas
Minhas
Mágoas
Dizem que
Pra quem vive
N'água
Tudo é lento
Tudo é com o tempo
Tomara
Osun
Tomara
Que tudo isso passe
Como rio
E não volte
Nunca
Mais

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Fiz
Um
Poema
Que
Perdi
Enquanto
Andava
Embriagada
Sem
Rumo
Pelas
Ruas
De
São Vicente
Chorando
Lembranças
Beijando
Passados
Foram
Palavras
Deixei
Meu
Coração

Adeus
São Vicente
Até nunca mais!

domingo, 3 de julho de 2016

Meu pensamento
Voa
De encontro
Ao teu corpo
Imagino
Cada fio
Do seu peito
Tatuagens
Barba mal
Feita
Devaneios
Nessa lua cheia
Que me enche
De desejo
A chuva que caí
Não apaga
O fogo
Que me queima
Arde
Meus dedos
Não matam
Minha vontade
Imaginar é pouco
Te quero
Todo
Torto
Inteiro
Corpo
Alma
Membros
Nada de sonho
Só verdade

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Queria
Dizer
Toda
Palavra
Que
Me
Incomoda
Que
Te
Provoca
Que
Me
Engasga
Me
Consome
Se
Eu
Disser
Você
Fica
Ou
Foge?

terça-feira, 21 de junho de 2016

Você
Não
Merece
Afago
Meu
Corpo
Suado
Por
Cima
Do
Seu
Não
Merece
Meus
Desejos
Nem
O
Último
Apelo
Por
Um
Beijo
Seu

domingo, 19 de junho de 2016

Geminiano
Me reconheço em ti
Como num espelho
A mesma alma inquieta
Desejo de movimento
Pela boca
Corpo
Cabelos
Eu, que vivo de poesia
Encontrei inspiração
Na ânsia de te possuir
Que ilusão a minha
De querer parar
O vento
Enquanto eu, brisa
Não me prendo
Passo os dias
Aguardando sua
Chegada
Mesmo nas noites
Geladas
Deste quase inverno
Sinto calores
Pelo corpo
Geminiano
Do mundo
Sem rumo
Pássaro sem ninho
Deixa eu ser sua flor
Já que não sou
Sua morada

sábado, 18 de junho de 2016

Amores
Que duram
Um dia
Semana
As vezes
Só uma foda
Resumo num verso
Feito no afã
Pois coito
Depois de uma garrafa
De vinho
Um beck
Virou rotina
Nem sempre acontece
Falta encaixe
Forço versos
Sem enlace
Mal ditos amores líquidos!
Escorrendo pelos
Corpos
Sem dar tempo
Pros sentidos
Vida de poeta é
Difícil
Buscando por aí
Inspiração
Transpiração
Encontrando apenas
Paixões fulgazes
Que não te tiram
A razão
O coração
Mas se vive de poesia
Fingindo amar
Eternamente
Pra dar sentido a dor
Que não sente
A falta que não faz

Tudo é fome
E a vontade de não pertencer...

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Sobre paixão

Eu me apaixono
Pedidamente
Facilmente
Completamente
Não consigo evitar
O contágio
Vivo cada uma
Como se fosse
Última
Como se não pudesse
Respirar sem o outro
Me abismo
Sofro
Pois não sou correspondida
Sinto
Vivo
Morro
Sozinha

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Amor
De
Poeta
Dura
O
Tempo
De
Uma
Pausa
Ou
De
Um
Suspiro
Pra
Próxima
Linha
Sabe
Esse
Vento
Que
Bateu
No
Seu
Cabelo
Percorreu
Seu
Corpo
Gelando
Queimando
Todo?

Então...
Ele tem
Kali
Tatuada na coxa
Voz de trovão
Corpo
Boca
Puro tesão
Must be love
On the brain
Desejo
Percorrer
Estradas
Caminhos inteiros
Pra encontrar
Seu beijo
Sentir
Suas mãos
Must be Love
On the brain
Ou paixão

domingo, 12 de junho de 2016

Mini currículo:
Efêmera, sou aquela que dá e passa...
Que não se contém, nem detém
Fico somente onde tenho espaço
Laços, encaixes ..
Transbordo em amores
Sabores, desejos
Vivo de intensidade!
Pedi
Pra
Sair
Quando
Queria
Ficar
Não suportava mais
Viver com suas ausências
Desleixo
Havia um abismo
Entre nós
E o sexo era a ponte
Que nos unia
Por isso a fome
A vontade de sentir
Seu corpo
Todos os dias, minutos
Segundos
Só aumentava
E eu não aguentaria
Mais um inverno
Sem seu calor
O verão sem seu suor
Desapeguei
Confesso que foi impulso
Me joguei
Num poço sem fundo
Querendo ser resgatada
Isso que dá
Ser de luas
Ser de vontades
Viver de paixão
Ilusão
Fui embora
Mas queria ficar
Você deixou
Me largou
No esquecimento
De dias vazios
Te esperando
Me enganando
Sofro de ausências
Eu
Não
Sei
Amar
Mas
Aprendi
Com
Facilidade
A odiar

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Me
Arranha
Excita
Em
Cada
Mordida
Corpo
Se
Enrosca
Aflita
Minha
Boca
Saliva
Procura
Sua
Vulva
Molhada
Atiça
Chupa
Goza
Grita
Felina!

terça-feira, 7 de junho de 2016

Chuva
É
Choro
D'Oxum
Lavando
Fertilizando
Arrasando

Eu sou do tipo que arrasa
Não consigo viver
Com pouco
Quem se contenta
Só com o sol?
Também quero
A lua
Entenda
Como quiser
E me enxergue
Pela metade
Eu só digo
Meias verdades
Só mostro
O que te interessa

domingo, 29 de maio de 2016

Pra quê
Lutar
Contra a
Correnteza?
Porquê
Andar
Contra o
Vento?
Deixar
Levar
Conduzir
Não se
Prenda
Bom
Mesmo
É não ter
Controle
De nada
Ser
Levada
Lavada
Pela
Água

sexta-feira, 27 de maio de 2016

30 Homens e nenhum questionou
30 homens e todas mulheres morreram um pouco hoje.
30 homens e todas mulheres não vão dormir hoje.
30 homens e o medo de sair só cresce.
30 Homens e são elas por elas.
30 homens e um estuprador é recebido pelo MEC
30 homens e o ódio pelas mulheres continua...

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Sou eu que tô demais
Ou são os outros
Que tão menos?
Porque, olha
Não ta fácil!
Haja água pra desaguar
Haja lenha pra queimar
Tá tudo pouco
E eu sou tanto!
Deve ser a lua cheia
Deve ser véspera de aniversário
Deve ser os 40 chegando!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Presentepoema III

Ornella

Quando nua em todo seu encanto,
Debruçada sobre a janela,
E coberta em lirismo,
Para os poetas, pecadores e santos,
É a mulher e poetiza Ornella,
Poema contra o ceticismo.

 Francisco Carvalho

Presentepoema II

Para Ornella

Sentei-me à beira d’água
À espera dela
Mas o espelho d’água me revelou
Quem eu era

Desfiz aquela imagem
E não me reconhecia
Mas as águas corriam-me entre os pés
E me refaziam

Bebi da água
Bebi de mim mesma
Me perdi em mim
Pois sou correnteza

Aline Djokic

Presentepoema I

nasce
(re)nasce
uma poeta
metamorfose
sedutora
da cor de canela

Márwio Câmara
Todos os meus dias
São pra amar Oxum
A ela
Devo minha vida
Meu espírito
Meu brilho
Sou filha da Yalodê!
Sou filha d'Oxum!
Obrigada minha mãe por mais um dia

Ora iê iê ô!

domingo, 22 de maio de 2016

Se você querer
Eu quero
Se você pedir
Eu faço
Se você pular
Me jogo
Se você deixar
Te como
Se não rolar
Lamento
Não sou de marcar
No ponto
Mas se tu chegar
De pronto
Se tiver no clima
Esquento
Vermelho
No lábio
Fogo
No corpo
Você
Procurou
Calmaria
Encontrou
Vendaval
Não sei
Explicar
Mas tudo
Aqui dentro
Queima
Tanto
Que o sangue
Ferve
Quando
Pecebo
Tô lá
Ventando
Levando tudo
Como uma
Enxurrada
Minha
Essência
É feita
Mel e dendê
Nada que um banho de
Cravo
Canela
Aniz estrelado
Noz moscada
Louro
E amor de Osun
Não cure
Se não curar, ainda
Alivia
Fecha as feridas
E segue a vida!

Ora iê iê ô!

sábado, 21 de maio de 2016

Eu escrevi
Minha poesia
No seu
Corpo
Deixei
Minha marca
No seu pescoço
Uma mancha
De gozo
No seu colchão
Você pode
Tentar
Me esquecer
Você pode
Transar
Com várias
Namorar
Tantas
Outras
Mas o cheiro
De cravo e canela
Que entrava
Pela sua porta
Só eu levo
Só eu tenho

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Hoje é um dia muito significativo
Sexta de Oxalá
De vênus
Dia da falsa abolição
13 de maio
E também dia das almas
Dos pretos
Das pretas
Que lutaram fortemente
Contra a escravidão
Um dia de reflexão
Um dia de crítica
Um dia de fé
Mas principalmente
Um dia pra se ter coragem!
Vou colocar minha guia
Usar branco
E caminhar
Lutar
Resistir
Porquê o passado fez sua parte
E hoje?
Quem pegará em armas e lutará por sua liberdade?

domingo, 8 de maio de 2016

Eu ia fazer
Uma poesia
Mas me lembrei
Que tu nunca
Leu um verso
Meu, escrito
Entre lágrimas
Entre gozos
No seu corpo
Eu te dei tudo
Te dei muito
E você queria
A única coisa
Que não posso te entregar
Minha liberdade!
Marginal
Não é
Quem vive
"A margem"
E sim
Aquele que
Mergulha
Até o fundo
Passei o dia
Digerindo sua presença
A garganta inflama
Impedida de gritar
Não falei
Cansei de ensaiar
As palavras que iria dizer
Me calei, covarde
Vendo você ali
Como num sonho
Declinei
Fui ventar
Desaguar
Toda dor
Todo amor
Lá me deixei
Talvez todos
Saibam
Estava nos meus olhos
Ou é impressão minha
Que enquanto
Eu viver nessa cidade
Não vou ter paz
Seu nome esta
Em todo cartaz
Que eu vejo na rua
Quero fugir
Eu sou aquela
Que não tem nome
Aquela que nunca existiu
Na sua vida..
Vou parar
De escrever
Vou parar
De me expor
De sangrar
Vou guardar minha dor
Minhas lágrimas
Não vale a pena
A caneta
O papel
A poesia me salvou
Mas não me curou

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Palavras não
Expressam
O suficiente
Mas o corpo
Sim
Ele fala
Age
Subverte
Toda a lógica
Além de um ponto
E vírgula
Meu corpo
Fala
Reclama
Exclama
Chama
Com todos os
Sinais
"Vêm!"
Depois de uma
Duas taças
De vinho
Um beck
Velho
meia dúzia
De amendoins
Tomei coragem
Sai no frio
Nua
Crua
Em sua direção
Gritando pela rua
Seu nome
Maldito
O..
Dia
Que te conheci

quarta-feira, 27 de abril de 2016

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Porque você fala de sexo
Você é promíscua
Porque você faz piada
Você é alienada
Porque você posa nua
Você é descartável
Porque você é livre
Você é julgada
O tempo todo
Todos os dias
Massacrada
Eu realmente tô cansada
De ver as mesmas histórias
Se repetindo
Eu não espero
Mais nada dos homens
Brancos
Negros
Todos eles nos
Matam
Torturam
Humilham
Todos os dias
Sou colocada no meu
Devido lugar
De mulher negra
O que aconteceu ontem
Só aumenta minha apreensão
Quanto ao futuro
Mas infelizmente, não é só isso
Quem dera minha vida
Fosse uma fase ruim, uma
Conjuntura política
Tem o trabalho insalubre
Que te deixa doente
Tem a intolerância religiosa
Que te deixa com medo
E tem o machismo
Que te faz sentir o pior ser humano
Que te faz sentir sem valor
Que te faz sentir como se tu
Não fosse nada
Além de uma boceta ambulante
É assim que os homens nos vêem
Como algo a se possuir
Depois descartar
Todos os dias
Todas as horas
Eu levo um golpe certeiro
Bem na alma
E eu continuo
Resistindo

domingo, 17 de abril de 2016

As vezes
Tenho a sensação
Que vivi tantas
Paixões
Desenganos
Muitos momentos foda
Com pessoas foda
E que não existirá
Nada mais nesse mundo
Que provoque
As mesmas sensações
O mesmo gosto
De mel e limão
As dores no corpo
De tanto dançar
Trepar
Andar por aí
Sem rumo
Destino
Nada mais me surpreende
Nada mais me excita
Vivo de lembranças


Elementos

Minha relação
Com a terra
É pedreira

Terra: touro, virgo e capri
Minha relação com
O fogo
É de desejo
Tão forte
Que sinto explosões
Dentro do peito
Talvez seja
Por isso
Que o fogo tenha medo
De se queimar
Comigo

Fogo: áries, leão e sagitário
Minha relação
Com o povo de ar
É conflito
Contra o espelho
Olho nos olhos
Me perco
A brisa vira
Vento
Que vira
Vendaval
E nada fica no lugar
Nada é real
Eu me vejo
Eu desejo
Mas não me entrego
Porquê tenho medo
De mim mesma

Ar: aquário, gêmeos e libra
Minha relação
Como o povo
Das águas
É uma mistura de
Desejo
Fascínio
Abismo
Sou extremamente atraída
E ao mesmo tempo
Repelida
Quem sabe sobre
O rio
O mar
A chuva
Quem?
Só me entrego
Aguardo sua correnteza
Me levar
As rochas
Ao fundo

Água: peixes, câncer e escorpião

machista

Porque você faz isso
Se expõe desse jeito
Não precisa disso
Pra quê?
Tão inteligente
Bonita
Super sensual
Não precisa ser vulgar
Eu quero você só pra mim
Ter filhos
Namorar contigo
Quero que você diga
Agora
Sua boceta é só minha
Diga
Que não vai mais me deixar
Inseguro
Com medo da sua poesia
Das suas fotos
Dos seus amantes
Diz
Sou seu dono
Seu mestre
Eu sei o que é melhor
Não termine comigo
Eu termino com você
Te humilho
Eu, eu sou homem
Você é mulher

sábado, 16 de abril de 2016

O que seria
Da poesia
Sem
As dores
De cotovelo?
Sem
As bebedeiras
Ressacas
Jogando
Meu corpo
No a mar
Sem fim
O que seria
De mim
Sem a poesia?

lua em câncer

Oxum
Transforma
Minha
Dor
Num
Rio
Me
Lava
Por
Dentro
Choro
Deságua


sobre tempestades

Sou água
Carne
Corpo
Espírito
Mas
Do nada
Vêm
Um noroeste
Me arrebata
E a pele queima
O corpo
Em brasa
Clama
Chama
Acesa
Não sei o que é
Só sei que
Eu vento

mandinga

Meu
Perfume
Mistura
Mel
Com
Dendê
Quem vive em guerra
Reconhece o poder do amor
Ogum é força
Coragem
É amar na sua maneira
Mais primitiva
Audaz
É viver de paixão
Em tudo que faz
Colocar o coração
Na frente
Seguir
Sem temer a trilha
O caminho
Ter ferro no sangue
Me fez sua filha

Patacori!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Tô há dias
Acho que semanas
Tentando escrever
Um poema
Sobre como sinto o amor
Nada de utopias
Mas realidades
E não consigo!
Isso tem me angustiado
Me sinto engasgada
Cheguei até a adoecer
Nada grave,
Uma garganta inflamada
Acho que é isso
O que sinto
Sobre o amor
É um grito entalado
Na garganta
Ela in flama
Corpo re clama
Quando impedida de amar

domingo, 10 de abril de 2016


Disse
Que
Seu
Olhar
Me
Des governa
Des liga
Des nuda
De seja?
Quando você
Se coloca
Nua
Crua
Inteira
Transfigurada versos
Alguns enxergam
Seu corpo
Outros
Percebem
Sua alma
A poesia
É minha amiga
Amante
Companheira
Sem ela não vivo
Respiro
Com ela
Ao meu lado
Minhas metades
Tornam-se
Inteiras..
Eu sei
Que te encanta
Te seduz
Sei
Que cada palavra
Escrita te provoca
Você imagina
Deduz
Estou aqui
Pra te seduzir
Sou ilusão
Nada aqui é real
Você vai piscar
Uma
Duas vezes
A realidade é cruel
Questionava
O tempo todo
"Porque ficar nua?"
Você não deve
Não pode
"Puta, libertina"
Você dizia
Fácil me rotular
Nunca foi capaz
De compreender
Sentir
Tantas discussões
Brigas sem sentido
Agora eu vejo
Ciúme
Matou
O que você sentia

terça-feira, 5 de abril de 2016

Não acreditava
Em sinais
Até que
Um
Dia
Você mostrou
A sua
Escondida
No
Pescoço
E de
A teu
Passei
A ser
Tua
Corpo
E mente

domingo, 3 de abril de 2016

Encaixou tudo
Como palavras
Soltas
Numa estrofe
De um poema
Comida
Cerveja
Cachaça
Beck
Gêmeos
Vênus
Lua
O pau
Na buceta
União
Perfeita!

quarta-feira, 30 de março de 2016

Áries é o agora
A luta
Ímpeto
Ogum!
O desejo da guerra
A espada
Ferro no sangue
Me desculpe os lentos
Os covardes
E os desatentos
Mas sem áries
Nada vai pra frente
Mercúrio em áries
É Exu e Ogum
Lado a lado!
Doce
É
O sal
Que
Escorre
Pelo
Meu
Corpo
Ele só te vê a noite
Uma vez por mês
Mas você é diferente
Ele te chama pra sair
Só que no dia desmarca
Ou te avisa que tem compromisso
Mas você é especial
Ele te apresenta como amiga
Quando te encontra numa festa
Ai você se cansa
Ou ele some
Depois de uma semana
Ele ta namorando uma mulher branca

A mesma história de sempre....
Não
Foi
Um
Beijo
Foi
Um
Choque
Elétrico
E eu
Saí
Chamuscada
Apaguei
Excluí
Bloqueei
E agora
Como
Faz
Pra
Esquecer?
Sol em áries
Minha vontade
É de matar
Ou morrer
Meu sangue
Borbulha
É fogo
Ferro
Em brasa
Tenho Ogum
Ou ele
Me tem?
Já quebrei o braço
Furei o pé
Tive dor de dente
Repeti de ano
Tirei nota zero
Já perdi o ônibus
Esqueci guarda chuva
Me roubaram na rua
Minha avó morreu
Então
Não pense
Que não vou te esquecer
Porque superar
Perdas e dores
É minha especialidade
Antes
Morrer
De
Cirrose
Do
Que
Morrer
De
Tédio

Já dizia a poeta
Ninguém sabe sobre nossa dor
Sobre nossas culpas
O que dilacera nosso coração
Mas julgar sim
Atirar pedra sim
Eu prefiro ficar só
Do que me juntar aos algozes
Venham de onde vier
A solidão é minha companheira
Eu
Luto
Contra
A força
Que quer
Me derrubar
Não esquece
Sou água!
Cego sua espada
Desvio da rocha
Apago o fogo
Não esquece
Meu ori tem acento
Não ando
Ao relento
Sou filha de Ijimu!

segunda-feira, 28 de março de 2016

Os aspectos mudam
Findam
Lua após lua
Circulam
Em meio
Ao caos
Eu sinto!
Tanto que padeço
Não sou de avisar
Sou de arrasar
Não suporto ser menos
Quero tudo
Agora!

segunda-feira, 21 de março de 2016

domingo, 13 de março de 2016

Quando
Chove
Assim
Desabando
Você
Sabe
Que é por ti
Hoje
Eu
Queria sair
Correndo
Nessa
Chuva
Te ver tocar
Sorrir
Mas e depois?
Essa chuva!
Sou eu
Eu sei
Me impedi
De sair
Me diz
Não vá
Não vale a pena
Deixe ele lá
Fique
Aqui

domingo, 6 de março de 2016

Me ensina a ser rio
A ser amor
Me ensina a ser peixe
A nadar sem medo
A ser fluida
Límpida
Me mostra sua força
Sua fúria em correnteza
Desviando das pedras
Seguindo meu curso
Livre
Leve
Desaguando

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Tu não me beija
Não me afaga
Homem duro
Não baixa a guarda
Corta meu coração
Com sua ausência
Como um facão
Corta o mato
Na beira da estrada

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Ela tem os mesmos gostos
Poesia
Literatura
Carnaval
Mas ela te olha igual?
Ela tem os mesmos ideais
Feminista
Esquerdista
Puta liberal
Mas ela te beija igual?
Ela também é de candomblé
Oxum
Ogum
Oxalá
Mas será que é feita no Asé?
Uma cópia minha
Talvez ela seja
O que você quer

Mas um detalhe importante
Que faz toda diferença
A pele dela é branca
A minha não é
Você não é o problema, sou eu.
Eu que me jogo no mar sem medo do profundo, sem saber nadar.
Eu que me alastro com qualquer faísca
E vou embora, levada pela brisa.
Não tenho paradeiro.
Meu coração está a deriva procurando cais.
Enquanto não encontro
Me apaixono por olhares, poesias
Solos de baixo, violão, repique e agogô.
Sou infiel a rotina, leal a paixão.
Pode confiar!
Metaforicamente, eu não presto.
Sou sem sentido, sinto muito.
Não tomo juízo.
Prefiro cachaça, vinho, seu corpo.
Sendo assim.
Se quiser, se apaixone por mim.
Aviso que não serei monótona, só repetitiva.
Adoro ser supreendida, fico cativa.
Deixo o melhor e o pior.
Adentre meu mundo
Seja meu mundo
O tempo que durar...

(Cartas pra enviar)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016


Não superei seus olhos. Eu os vejo em todos os lugares: rua, sala, quintal, roncó.. Parece feitiço, sina, maldição. Fujo deles, de você e das minhas lembranças enquanto curo minhas curas, enquanto espero meu cabelo crescer. Traço um novo caminho, no qual você não estará, que você não vai cruzar. Queria ter o dom de mudar o que foi ruim, manter o que foi bom, mas não me cabe. Eu não sirvo mais naquela roupa de libertina que satisfazia seus desejos e saciava minha fome. Tanto fogo, tanta vontade de penetrar no outro, um "j' ne sais quoi", uma liga que não suportou meus vendavais, minhas inundações, tempestades.. Culpa do santo? Do meu desgoverno, da vida sem rumo. Culpa minha! Que criei uma magia que não existia, um homem, um amigo, um amante. Culpa sua! Da sua lua em peixes, do seu veneno, encanto que me fez acreditar que eu era tudo, mas eu era nada além de um corpo.

Hoje eu só sei sentir paixão, só sei o que é abismo. Eu gosto do estrago, do encontro, do lastro, mas eu quero me curar de você.

Hoje não consigo superar seus olhos, mas um dia..




(as cartas que não mandei)

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...