terça-feira, 2 de agosto de 2011

Olívia


Selvagem...
Nasce no tempo frio
Sangue quente,
Pede calor, cuidado
Raízes
Poderosas e compridas
Procuram a fonte da vida
Em meio ao solo frio
Rachado...
O tronco curto
É fortaleza...
Leva seiva
Nutre a alma
O coração...
Suas folhas
Pequenas
Buscam o sol
Frágeis...
E quando perdidas
Renascem...
Já seus galhos
Carregam a beleza
A flor branca,
Pura sensibilidade,
Não é pureza
Esconde, escudo
Pra sua dureza...
O Fruto
Nasce da dor
De ser apenas o final
De um começo...
Olívia
É o óleo
O Sustento
O Lamento
Bento
Alimento e alento...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

se resisto

Se resisto...
É porque tenho em mim
A força...
Que move e insiste
A vontade de ser
Exceção a regra
Imposta pela cor
Insisto...
Não me entrego ao cansaço
Continuo lutando
Em guerras de paz
Por direitos iguais
Pelos diferentes desiguais...
Resisto, ainda...
Porque faz parte de mim
Porque fui feita assim
A força que me move
A vontade de ser
De existir
De re_existir
De fugir a regra e a exceção...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Apenas ser...

Que saudade
Saudade de mim
da vida antiga
Da sua desordem, 
do desamparo, 
desespero...
Ai, que vazio!
Que mundo mais sem graça
Me prendeu em suas amarras
Colando-me neste dilema,
Gracioso problema:
Ser à toa, sem destino
Ou viver como manda o figurino?
Jamais!
Quero viver minhas agonias
Sim, quero sentir minhas angustias
Sem ter que respondê-las num “como foi o seu dia?”
Quero acordar sem paradeiro
Sem saber com quem dormi,se dormi
Dar por amar, 
dar pra odiar
Ou dar só por dar mesmo...
Amar sem ser amada
E também não amar mais nada,
Além de mim mesma...
Chega de não ter contradições
Quero sentir outros gostos, 
provar novos corpos
Não sei dividir meu ar...
Não consigo, 
preciso respirar sozinha
Quero ouvir só os meus pensamentos
Não explicar o porquê de eu ser
De pensar, 
respirar...
Ah, eu quero apenas ser!
Deliciar-me com o novo, denovo
Sentir a liberdade de existir
Não só coexistir...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Não tenho mais jeito..



Tá difícil...
Escrever o que sinto
Contida entre beijos e abraços
Perdidos...
Sufocada por teu carinho
Abalada por teus desejos
Infinitos...
Não tente me compreender
Quem sabe sobre mim?
Eu quero
não quero
desejo
rejeito
Não tenho mais jeito...
que faço agora?
Deixo a poesia sem sentido?
Vago na vida sem destino?
Ou desfaço o laço?
Volto a minha essência
Desarvorada da vida
Incerta
perdida...
Não tente me entender
Ninguém sabe sobre mim,
Muito menos eu e nem você!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Que todos saibam!


Amo-te e quero que todos saibam...
Vou colocar seu nome nos lábios
Em meus olhos brilhará tua face
Andarei com seus passos
E beberei tua saliva na fonte
Gritarei que te amo tão alto
Que minha voz ecoará longe
Amo-te e quero que todos saibam...
Que a vida se tornou mais bela
Meu sorriso aberto, radiante
Reflete o amor que se revela...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Abrigo



Teu corpo é meu abrigo
Entre laços e abraços
Afago e carinho
Meu ninho...
Onde encontro a paz
Relaxo meu corpo, cansado
Da luta, da vida...
Mãos fortes me acariciam
As bocas quentes se saciam
Abrigo
Teu coração é meu abrigo
Entre águas e ventos
Puro sentimento
Sou mais eu contigo...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Chegou!

As águas chegaram e lavaram tudo
As feridas estavam abertas
Quase me matam...
A mágoa, o ciúme, a dor
Arrastou com uma enxurrada de sentimentos
Todo o mal que a paixão me trouxe...
Apagou o fogo
Trouxe a pureza e fertilizou o amor...
Obrigada Oxum!
Bendita sejam as águas que banham,
Doces águas...
Que lavam
Que purificam
Curam
Parafraseando Elisa:
Ele veio e matou quem queria me matar!

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...