terça-feira, 31 de março de 2009

Mineiro


Tenho medo dos teus olhos
Escuros, profundos, 
Buraco negro...
Me hipnotizam e atraem
Olhar faceiro de mineiro!

Tenho medo da sua voz
Sotaque gostoso, fala mansa...
Entoam loucuras, propõe devaneios...
Suspiro, inspiro e flutuo
Enlouqueço de tanto desejo!

Temo mais o seu corpo
As tuas mãos, braços, pernas e pés.
Medo de me perder e não mais me achar
De me entregar a você,
E querer mais, sempre mais...

sábado, 28 de março de 2009

"Me ensina"

Me ensina a te amar
Mostra-me como é ser feliz
Que um sorriso salvará meu dia
E que tudo na vida será somente alegria

Me ensina a te amar
Mostra- me o que é ser amada
O que é ser desejada e querida
E não ser apenas “comida”

Me ensina a te amar
Mostra-me que a vida é simples
Que a felicidade é uma nuvem de algodão
E que não preciso ter medo da solidão

Me ensina a te amar
Traga-me flores do jardim vizinho
Roube pra mim a luz no céu estrelado
Seja meu companheiro, meu bem, meu amado!


O.M. (28/02/09)

"A dor"

Um tiro no peito
Foi o que senti quando a vi
Como uma bala perfurando meu peito
O susto, o espanto, o medo.

Ai de mim!
Que pavor sentir o que sinto
Raiva, ódio
Ciúme, inveja

Quem me dera
Ser vista com seus olhos
Quem me dera
Ser beijada com sua boca
Quem me dera
Ser amada por seu coração

(28/01/09)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Menino poeta...

Poema de Amor

Até parece que não é culpa sua!
Se me aparecesse em minha porta nua
menos seria minha vontade de tê-la
Quanto é por tudo que faz...

Não pode andar pelos corredores
com a doçura do seu olhar
que só se ensaia severo
Nem reunir em si tudo que quero.
Não pode ter tão lindos castanhos
nem o poder de atrair
pra si toda ternura.
Nem o de me fazer rir
assim, em loucura.

Me fere quando aos outros ouvidos
conta o que não sei ler
nos seus lábios de breves sorrisos
e alguma feiúra que não consigo ver.
Em suas conversas poderia
ter menos beleza de criança
que não inspira logo confiança
de que tem problemas a resolver.

Me regue com você e tenha o mundo
– tudo que eu pague pelo que mais quero.
Tenha-se mais feliz, mais plena, infinita...
Tenha-se um milhão de vezes mais bonita
nos meus braços que te confortam.
E te emolduram e elevam
como a abraçar minha própria alma.

Andrié Kieler

Meu poeta favorito!


Éric por ele mesmo...

Sou Éric Meireles de Andrade, 33 anos, mineiro por nascença, brasileiro fundido na mestiçagem e latinoamericano de coração e passado…
Técnico em organização e manutenção de arquivos, desde cedo eu já xeretava nas bibliotecas de Juiz de Fora – MG, buscando poetas que apontassem novos estilos e conceitos estéticos, na ânsia de construir versos livres e diretos, recheados de metáforas contemporâneas e repletas de significados.
Sou comunista e revolucionário, um internacionalista morador em São Paulo Arlequinal! Não me silencio à exploração do homem pelo próprio homem, e admiro a luta e a autonomia dos povos.
Como um “Confrário!”, ou seja, um poeta em movimento, gosto de deixar registradas minhas angústias e delícias. Publiquei o livro Fragmentos da poesia marginal, projeto que há tempos me acompanhava! Em forma de conversa era semeado nos ouvidos de meus amigos (grandes responsáveis pela materialização deste sonho)…
Admirador da filosofia epicurista, gosto de viver rodeado de amigos, saber de suas alegrias, lágrimas e descobertas. Porém, como escreveu Mário de Andrade em seu Prefácio Interessantíssimo: “Não obrigo ninguém a seguir-me. Costumo andar sozinho”…

Éric Meireles de Andrade

quinta-feira, 26 de março de 2009

Neo Capitu

Jovem dissimulada
Mundana que ama
E odeia ao mesmo tempo

Com quantos me traiu?
Culpa-me quando mente
Ou desencana da minha total existência?

Jovem amada,
Que adora se sentir insegura:
Quando se liberará do infatigável lamento
De não saber absolutamente nada sobre sinceridade?
Ama-se pra não sofrer
Ou sofre por não amar?

Pedaço de amor inteiro
Beijo lascivo cortado em pedaços
Cabeça de menina travessa
De mentira carrega apenas o traço,
De triste sina de sua racionalidade solitária...
Mente sim, jovem dissimulada


Eric Meireles de Andrade

Vamos ao teatro?

Peça: "Bailei na Curva"
Local: Teatro Guarani, Santos
Horário: às 20hs
Entrada franca

Bailei na Curva mostra a trajetória de sete crianças, vizinhas na mesma rua. Como pano de fundo, a revolução de 1964. A peça desenha um quadro divertido, sob o ponto de vista da pureza das personagens que enfrentam as transformações do final da infância e juventude, e um quadro implacável graças às conseqüências de um Golpe Militar que refletirá na vida adulta destas personagens.

Música na cabeça!

"Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar"

Composição: Ana Carolina/ Jorge Versilo


Garimpeira da beleza te achei na beira de você me achar
Me agarra na cintura, me segura e jura que não vai soltar
E vem me bebendo toda, me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meus seios, mar partindo ao meio, não vou esquecer.

Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei nada de mim

Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão

Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão

Me agarrei em seus cabelos, sua boca quente pra não me afogar
Tua língua correnteza lambe minhas pernas como faz o mar
E vem me bebendo toda me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meus seios, mar partindo ao meio, não vou esquecer

Eu que não sei quase nada do mar descobri que não sei nada de mim

Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão

Clara noite rara nos levando além da arrebentação
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão

"Roubaram meu coração!"

Roubaram meu coração,
E não sei onde esta o ladrão!
Fugiu o larapio pela madrugada
Quando o sol, no céu, quase apontava.

Roubaram meu coração
E mesmo que haja a devolução,
Já não sei se o quero de volta
Aceito somente com uma condição:
Que o ladrão me dê o dele em troca!

que faria eu...

Que faria eu, senhor meu, para tê-lo?
Cruzar oceanos
Que faria eu, senhor meu, para beijá-lo?
Atravessar montanhas
Tudo isso seria pouco...

Ah Deus! Que eu cruze o Atlântico!
E encontre seu corpo
Ah Deus! Que eu escale o Everest!
E receba seus beijos

Lembrança

Lembro do seu sorriso
As noites apaixonadas ao seu lado
Os nossos corpos ardendo de prazer
Unidos como um templo sagrado...

Lembro mais de sua boca
Dos beijos que me tiravam o chão
Mais parecia me tirar à alma
Agora só me resta a solidão...

Lembro dos seus abraços
Da paixão avassaladora que sentira
Nada mais me resta agora, querido!
Somente a dor de sua partida...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Acróstico meu

Onde estará ele que não vejo
Retomo minhas memórias de ontem
Não consigo enxergá-lo no meu passado
E tão pouco vislumbrá-lo no futuro
Lá onde a pureza se tornou pecado
Longe se torna a busca pelo que desejo
Amanhã, quem sabe, se tornará realidade.

Descobertas!



















Egon Schiele foi considerado por muitos de seus contemporâneos como o mais provável sucessor de Gustav Klimt. Mas o artista não viveu o suficiente para cumprir a promessa. Schiele morreu aos 28 anos, em 1918, apenas três dias após a morte de Edith, sua mulher e musa.

Acróstico II

Faz noites que não durmo...
Algo no corpo se faz presente
Beijos, abraços, calores, desejo!
Retratos de uma noite perdida.
Intenso, é meu sentimento
Corajoso, é seu espírito
Incansável busca pelo que almejo
Outra noite contigo, doce devaneio!

A fábula do pássaro Na gaiola Nunca foi nosso caso Nesse caso Coube mais Aquele dito popular Da abelha Num jardim florido Não tá ma...